Cuidado, spoilers de The Walking Dead abaixo!
Foram meses de espera. Uma tensão sem fim para saber quem Negan (Jeffrey Dean Morgan) escolheu para morrer. Mas a sétima temporada de The Walking Dead estreou e seguiu parte do cânone dos quadrinhos, porém, ainda sim conseguiu surpreender.
Tentando aumentar ainda mais a tensão já existente, o roteiro decidiu não mostrar a morte logo de cara. Foi uma tática desnecessária, porém efetiva. Quando vi que Abraham (Michael Cudllitz) tinha batido as botas, frustração foi a primeira reação. Mais calmo, a brutal morte de Glenn (Steven Yeun) foi chocante, uma escolha certeira na maneira de realmente pegar o público desprevenido. A direção da cena também potencializou seu efeito dramático, posicionando a câmera em contra-plongée (de baixo para cima) afim de mostrar que somos pequenos e fracos perto do vilão. Com muita brutalidade, a sequência vai ficar marcada como uma das mais violentas da série.
Depois disso, o roteiro seguiu um caminho ainda mais esperado, com o novo vilão praticando seu terrorismo usual e Rick (Andrew Lincoln) e seu grupo vivendo uma impotência sem fim. Porém, as atuações fizeram com que essa trajetória manjada tivesse seu brilho. Morgan se provou mais uma vez um excelente ator e uma escolha certeira para viver o personagem. Se nos quadrinhos Negan é um sádico de boca-suja, na TV ele tem essas características, mas também apresenta um lado showman que faz com que o público e os personagens sintam ainda mais medo dele (sério, Ramsey Bolton, de Game of Thrones, parece somente uma criança birrenta perto dele).
Certamente a introdução do novo antagonista e seu intérprete chegaram para revirar toda a estrutura da série que, com sorte, vai seguir com essa qualidade e trazer de volta para si um público que já há algum tempo não tinha o mesmo ânimo com o programa. É esperar para ver.
A Fox exibe os capítulos aos domingos, às 23h30.