Talvez você já tenha ouvido algumas histórias sobre animais que, algum tempo antes da morte de alguém, começaram a ter comportamentos diferentes, se aproximando e mantendo muito mais contato com a pessoa. Os gatos, desde o Antigo Egito, intrigam as pessoas, e são considerados por muitos animais místicos, verdadeiros ‘transmutadores de energia’.
Não é a toa que se diz, popularmente, que eles tem sete vidas. Em 2007, na Inglaterra, um gato começou a deixar médicos e pacientes assustados, e fascinados ao mesmo tempo.
O tal bichano, chamado Oscar, havia sido adotado por funcionários de uma casa de cuidados e reabilitação e começou a ser conhecido por um fato curioso e sinistro: quando ele entrava no quarto de algum paciente e se deitava ao lado da cama, o resultado muitas vezes era o mesmo - depois de algumas horas o enfermo morria. E até março daquele ano isto parece ter ocorrido 100 vezes!
Macabro ou não, os funcionários começaram então a ligar para as famílias dos "escolhidos" da tal visita, para avisá-los de que talvez o familiar poderia vir a óbito. Mas e a ação do gato, seria somente uma coincidência? Segundo os funcionários ele fazia passeios pela instituição, entrava no quarto, farejava o ar, olhava o paciente e então se deitava ali ao lado da cama, até pouco antes da morte, dando conforto a muitos pacientes em suas horas finais de vida. São eles capazes de prever a morte?
Algumas famílias não se importavam, mas outras não queriam a presença do bichano ali, levando-o para fora do quarto, de onde o gato começava então a miar, parecendo chateado por não ter sido bem acolhido.
As explicações para tal comportamento começaram a surgir. Teria o gato algum tipo de sexto sentido? Conseguiria ele sentir o ‘cheiro da morte’? Jacqueline Pritchard, uma especialista em comportamento animal, acredita que o gato faz isso, sim, a partir de cheiros emitidos pelos órgãos que estão entrando em falência – logo, uma explicação bioquímica e não um poder de prever a morte. Outros, ainda, dizem que o gato vê a falta de movimento de alguém que está prestes a morrer.
E como explicar cães que alertam pacientes prestes a terem crises convulsivas? Alguns destes cães começam a dar patadas, latir, cutucar o seu companheiro de 30 segundos a 45 minutos antes que tenham alguma crise. Sobre este comportamento canino, não muito comum, e também não infalível, existem poucos estudos até agora.

Sabe-se que muitos animais são sensíveis a estímulos físicos e biológicos sutis, não notados por seres humanos. Uma teoria é de que o olfato deles ajude a prever a crise iminente. Outros dizem que eles conseguem interpretar pequenas mudanças na linguagem corporal e comportamento das pessoas antes das convulsões.
Mesmo sem estas capacidades, animais já são amados companheiros de muita gente, e sabe-se que o convívio com eles traz inúmeros benefícios. Esclarecer estes ‘enigmas’ sobre estas capacidades dos animais, sobre prever tais fenômenos, poderá ajudar ainda mais pessoas no futuro.
Fonte: Mirror